Património Cultural
Património Cultural e Histórico
Capela de Santa Catarina
Capela de Nossa Senhora do Carmo
Construída no séc. XVIII, por altura do restauro da frontaria da casa apalaçada de que fez parte, a Capela de Nossa Senhora do Carmo situa-se na rua do Carmo. A casa respectiva deve datar dos princípios do séc. XVII, pelo menos é o que as linhas arquitectónicas denunciam.
A casa dá para os jardins, com uma bem lançada escada de pedra; o arco de pedra sustentado por colunas de pedras e capitéis toscanos, que existe no átrio principal, é o principio da escadaria de acesso ao primeiro andar.
A capela tem altar com um retábulo simples de madeira encerada, com trono, onde se encontra a imagem da padroeira, de vestir, do séc. XVIII. De salientar, pelo seu trabalho artístico, o coro alto de balaústres em madeira torneada e de base ornamentada. O campanário em pedra suporta um sino datado de 1739, provavelmente a data de construção da capela.
Nas paredes existem algumas telas da época da construção da capela.
De salientar, é daqui que sai, todos os anos, a imagem de Nossa Senhora das Dores, previamente para aqui trazida, e que vai incorporar na Procissão do Senhor dos Passos que se realiza nesta vila.
Cruzeiro de Nossa Senhora dos Anjos
Situado no adro da Igreja de Nossa Senhora dos Anjos da Lourinhã, este cruzeiro em pedra calcária polida foi construído em 2000 para servir de estação jubilar, local de onde partiam as peregrinações para a igreja de Santo António, e declarado Templo Jubilar.
É constituído por uma enorme cruz, que com ambos os braços rematados por ornatos, assenta num bloco em forma de paralelepípedo e que suporta um outro em forma de tronco de cone cavado.
A base é formada por duas placa rectangulares sobrepostas e de diferentes dimensões. Na face anterior do paralelepípedo encontra-se gravada a seguinte inscrição: “Pedra Jubilar”
Cruzeiro do Castelo
Do antigo cruzeiro que se levantava no início da estrada velha que vai para a Areia Branca, e que foi transferido para o local do antigo castelo, apenas resta o capitel quinhentista, tendo a cruz, o fuste e o pedestal vindo a ser substituídos através dos tempos.
O último restauro levado a cabo pela Junta da Freguesia da Lourinhã, teve a sua inauguração em 15 de Agosto de 1997, conforme lápide aposta junto à base.
Forte de Paimogo
Arquitectura militar, barroca. Forte construído posteriormente à Restauração e a mando do Conde de Castanhede.
Situando-se no limiar do barroco, constitui um valioso exemplar de arquitectura militar do séc. XVII do tipo abaluartado, chamado “obra corna”.
Constitui o 2º ponto fortificado a sul de Peniche e integra-se na 2ª linha fortificada, de Peniche a Cascais e à barra do Tejo.
Constitui um exemplar quase único de fortificações posteriores à restauração sem alterações arquitectónicas. Compõe-se de bateria virada ao mar, de planta irregular, e, no lado oposto, casa forte de planta rectangular com baluartes nos ângulos. Estes têm nos cunhais guaritas cilíndricas de cobertura cónica.
No frontispício, recuado em relação aos baluartes, abre-se portal de arco pleno ladeado de pilastras em alambor e encimado por lápide com inscrição e pedra de armas.
Casa forte com abóbada de berço encimada por terraço com parapeito para defesa a tiro de fuzil.
Quinta de Santa Catarina
Construção quinhentista, de que preserva a sua traça original nas traseira e no acesso do jardim frente à fachada principal com os da traseira, sob o rés-do-chão de uma das alas do edifício, com arco de pedraria de volta perfeita, encimado pelo brasão dos Pestanas e a respectiva capela.
A capela abre-se para a Rua Visconde Palma de Almeida, com porta renascentista, com tímpano triangular, no centro do qual tem esculpidas as insígnias de Santa Catarina – a roda de navalhas, com uma cruz ao centro.
Na verga superior da porta, o brasão de armas dos Pestanas.
Museu da Santa Casa da Misericórdia
Rua da Misericórdia
2530 Lourinhã
Telefone: 261412649
Igreja de Nossa Senhora dos Anjos
Construção da segunda metade do séc. XVI, de uma só nave e galilé sobre o coro alto, que abre para o exterior por dois arcos de cantaria, o do lado poente maior, sendo o lateral mais pequeno e só foi arrematado em 1956.
A fachada clássica, tem tímpano triangular e sobre o arco principal abre-se um janelão emoldurado com cantarias trabalhadas do séc. XVIII (obras de 1791) que abrangeram igualmente os emolduramentos das janelas laterais e das portas da nave de acesso à sacristia e à antiga sala das reuniões da confraria. Desta época é o retábulo do altar-mor, com colunas estriadas de azul e ouro.
A capela-mor construída em 1674 é separada da nave por um arco de mármore rosa, com pedestais e capitéis, estes da ordem toscana, em mármore preto e arrematado com uma coroa em releve, de alabastro.
De realce a base do púlpito, de laje quadrada, em mármore vermelho, moldurado e ornamentado com artísticos desenhos, e os bonitos vitrais colocados nas janelas, em 1963, obra do distinto pintor e vitralista, que foi Mário Costa.
A imagem da Senhora é uma escultura quinhentista, em pedra policromada, de coroa aberta, com o menino deitado nos braços.
Pequeno templo da primeira metade do séc. XVIII, possivelmente de 1730, data que foi encontrada no interior da retábulo do altar-mor, a quando das obras levadas a efeito de 2004.
Na parede da Epístola e junto ao altar, uma edícula forrada de azulejos de figura avulsa, de tipo invulgar e da época da construção da igreja.
Nas paredes e nas obras acima referidas, foram colocados lambris de azulejos, brancos e de figuras avulsas, réplicas dos do séc. XVIII, que muito embelezaram o templo.
Na parede do lado do Evangelho abrem-se dois largos arcos, que ladeiam o púlpito que assenta numa base de mármore vermelho e que abrem para a sala das reuniões da antiga confraria.
A fachada barroca, com janelão sobre a porta, apresenta no tímpano um círculo com três setas atadas, símbolo do orago da Igreja, ladeado por pináculos.
Situado na parte baixa da vila, o ex-convento de frades recoletos, da ordem franciscana, é um edifício começado a construir em 1601, em estilo clássico.
Possui um pequeno claustro, de dois pisos, com colunas que sustentam capitéis da ordem toscana. O claustro inferior possuía um lambril de azulejos dos primeiros anos do séc. XVIII, representando meninos com cabazes de flores à cabeça, que ainda se podem admirar numa das paredes, estando nas restantes réplicas mandadas fazer a quando do último restauro.
A igreja, de uma só nave, tem sofrido grandes restauros que a desfiguraram, especialmente na sua fachada.
A capela-mor é separada do corpo da igreja, por um duplo arco sustentado por pilastras da ordem toscana.
A nave, de abóbada de berço possui um largo silhar de azulejos, da segunda metade do séc. XVIII, de albarrada.
As paredes da capela-mor são forradas com painéis de azulejos figurativos, azuis e brancos, do séc. XVIII, época da construção do retábulo do altar-mor e dos altares laterais.
No lado do Evangelho, abre-se em arco renascentista o túmulo de D. Brás Henriques, mandado construir pela sua viúva, D. Brites Brandoa e sob risco do arquitecto régio Pedro Nunes Tinoco.
Ao fundo da nave, no lado da epístola, a pequena capela mandada erigir em 1714, conforme consta numa cartela, pelo Padre João Nunes Franco, Beneficiado da Matriz, para seu jazigo. O retábulo do altar e em mármore florentino e a revestir o altar e as paredes dois painéis de azulejos com cenas de milagres de Santo António, do ciclo dos mestres e atribuídos ao mestre que costumava deixar apenas as iniciais P.M.P.
Igreja de Santa Maria – Matriz da Lourinhã
Construção iniciada em meados do séc. XIV, em estilo gótico, com duas fases bem distintas. A capela-mor ou abside, mais antiga, é de abobada de pedra artezoada com grossas nervuras, onde nos princípios do séc. XVI foi aberta uma edícula com decoração manuelina.
O corpo da igreja é de três naves, separadas por oito arcos ogivais sustentados por colonas monolíticas de calcário, terminadas por capitéis com motivos vegetalistas, todos diferentes e de fino labor, já dos finais do século.
A porta principal, saliente, é de quatro arquivoltas, com capitéis historiados, bastante desgastadas pela erosão dos ventos marítimos, dado que se encontra virada a poente.
A porta lateral do lado Sul é de gablete, de três arquivoltas, com capitéis com motivos vegetalistas e figuras humanas, igualmente muito eruditas.
A porta do lado Norte, de um só arco, de cantaria chanfrada, é decorada com vieiras e carrancas, sendo aquelas, sinais da passagem por este templo, dos peregrinos de Santiago.
No seu interior podemos admirar a pia baptismal, oitavada, decorada com uma cruz latina, uma cruz pátea e um pentagrama, sinais evidentes de influência templária.
Quinta da Galeana
Dos finais do séc. XVII, destaca-se a sua capela de fachada barroca, onde na frontaria e sob a porta, se abre uma edícula, guarnecida de cantaria, com arco de volta perfeita.
O frontão é rematado por cruz de pedra, ladeado por dois pináculos.
Sede do Morgadio instituído pelo inquisidor João Delgado Figueira, (1585 – 1655) é uma construção de raízes quinhentistas, constituída pelas casas nobres, capela e jardins.
A capela dá para o pátio de entrada, de fachada de empena de bico, toda revestida de azulejos de figura avulsa, onde se vê no tímpano e sob o óculo, um painel com a Ascensão de Cristo e a data de 1696.
São de realçar os azulejos do séc. XVII, que se encontram, quer na capela, quer nas salas da casa, alguns deles fruto de uma boa recuperação e aplicação após as obras que foram levadas a efeito e que salvaram da ruína este belo conjunto arquitectónico.
Igreja de N Sra Amparo e Santo Amaro
Toxofal de Cima
Igreja do séc. XVI, de alpendre de três águas sobre a porta principal, com duas colunas ladeando a entrada, é uma construção de igreja rural, típica nesta região.
A nave, de teto de masseira, é separada da capela-mor por um arco de cantaria de volta perfeita, com vestígios de pinturas, característico da época renascentista.
Uma escada muito rústica, dá acesso, pelo interior da Igreja, ao púlpito, de base em pedra quadrada e balaústres de madeira torneada.
O retábulo do altar – mor em talha dourada, do séc. XVII, envolve o trono de madeira encerada, onde se encontra a imagem da padroeira.
O Sacrário, de forma prismática, está na base do trono e faz parte do retábulo.
Os altares laterais, tem retábulos de talha dourada do séc. XVIII.
O campanário levanta-se na parede fronteira, acima do alpendre.
Igreja do Espirito de Santo
Toxofal de Baixo
Igreja moderna, construída no local da velha capela da mesma invocação, de raízes trecentistas, é de tipo salão, e planeada pelo Arquitecto Lucínio Cruz, com modificações feitas à sua revelia.
Da anterior igreja ficou uma pia de água benta, do séc. XVI, constituída por uma base quadrada, onde assenta uma coluna cilíndrica com a respectiva bacia.
Na frontaria larga, de dois planos abre-se a porta principal encimada por larga janela.
A torre sineira encosta-se à parede do lado direito, recuando um pouco da frontaria.
Igreja Nossa Srª do Rosário – Sobral
Construída no lugar onde se erguia uma capela do séc. XVII, que pertenceu ao Morgadio do Sobral, encontra-se hoje um moderno templo, de planta do arquitecto Lucínio Guia da Cruz, inaugurada no ano de 1983 pelo Bispo Auxiliar do Patriarcado, D. Serafim Ferreira, actual Bispo da Diocese Leiria – Fátima.
Igreja tipo salão, o altar-mor eleva-se acima da nave com acesso por larga escada de quatro degraus.
A frontaria é em ângulo obtuso, com porta em cada um dos lados, é sobrepujada com uma pala que acompanha a frontaria e os acessos exteriores à sacristia, no lado esquerdo do templo.
Igreja Nossa Srª de Fátima – Seixal
Com projecto do Arquitecto António Vasco Quintãs, foi inaugurada pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, D. António Ribeiro, sendo pároco da Freguesia o Padre António Pereira Escudeiro, que foi o grande impulsionar da sua construção, em 18 de Junho de 1978.
É uma igreja tipo salão, de três naves, separadas por colunas.
Na parede do fundo, atrás do altar, foi colocada em data recente um painel de azulejos representando as bodas de Cana, quebrando assim a nudez da mesma.
À entrada da Igreja, no lado esquerdo, um pódio de base larga, acolhe a imagem da padroeira.
Na nave lateral direita, ao cimo, acha-se o altar do Santíssimo Sacramento e na nave lateral esquerda, está uma peanha com a imagem de Santa Luzia, madeira policromada, do séc. XVII, de grande devoção do povo do Seixal.
Igreja Nossa Srª da Graça – Nadrupe
Construída em 1869, pelo voto dos habitantes do lugar a Nossa Senhora por esta os ter livrado da epidemia da febre-amarela, é uma construção muito simples.
A fachada de empena de bico, de modelo clássico, apresenta um janelão sobre a porta principal.
A torre sineira que se adossa à frontaria, no seu lado esquerdo, tem porta para o adro.
Nas obras de 1989 foram as meias paredes da nave e capela-mor revestidas a mármore.
Igreja Nossa Srª do Bom Sucesso – Matas
No ano de 1680 foi construída neste local uma pequena capela em honra de Nossa Senhora do Bom Sucesso.
Por a população ter aumentado, tornou-se pequena para as necessidades dos fiéis, pelo que logo nos princípios do séc. XVIII começaram as obras de ampliação, acrescentando-lhe a capela – mor, tendo o campanário sido edificado em 1728, a sacristia em 1748 e o alpendre e adro em 1752.
As paredes da nave correspondendo à primitiva capela são forradas por azulejos, de padrão policromados, tipo tapete, do séc. XVII.
O campanário de pedra é encimado por frontão de volutas ladeando uma rosa estilizada – símbolo de Nossa Senhora.
Igreja de S. João Baptista – Casal Novo
Teve inicio a construção desta igreja em 30 de Junho de 1990, data do lançamento da primeira pedra, tendo sido inaugurada e sagrado o seu altar em 24 de Junho de 1996, pelo então Cardeal Patriarca de Lisboa, D. António Ribeiro.
De concepção original, desenhada pelo arquitecto José António Cabicho, de Lisboa, tem forma quadrangular, encontrando-se o altar-mor no ângulo oposto ao da entrada. Dispõe os lugares da assembleia em anfiteatro.
A entrada é precedida por escadaria, dado o desnível do terreno e é ladeada pela torre sineira, prismática, terminando em lanternim.
Sobre a porta uma abertura em forma de cruz latina dá luz ao átrio que antecede a entrada para o corpo da igreja.
Igreja Nossa Srª da Encarnação – Capelas
Foi esta Igreja solenemente inaugurada em 31 de Julho de 1983, pelo Bispo Auxiliar do Patriarcado, D. Serafim Ferreira da Silva.
O projecto é do Secretariado das Novas Igrejas do Patriarcado e insere-se no modelo igreja – salão.
A frontaria é em forma de proa de navio, abrindo-se a porta no lado direito, para quem entra, resguardada por telheiro, sobre o qual se ergue a sineira.
Igreja Nossa Srª da Penha e França – Vale Viga
Tem esta igreja gravada a data de 1710, que deve corresponder a obras aqui levadas a efeito, se não for antes a data da sua construção.
É uma pequena igreja, muito simples e rústica, de grande alpendre sobre a porta principal com telhado de três águas, que ocupa quase toda a fachada, de difícil identificação arquitectónica.
O seu interior tem sofrido grandes alterações, sobretudo nas obras levadas a efeito nos anos de 1970 e 1995, desaparecendo todos os elementos antigos.
O campanário ergue-se na parede fronteira perto do cunhal do lado direito.
Igreja Nossa Srª das Dores – Zambujeira e Serra do Calvo
É uma Igreja do séc. XVII, possivelmente construída em 1676, que é a data que se encontra gravada no relógio de sol que se ergue ao cimo da parede lateral do lado Sul.
A frontaria de tipo clássico, de empena de bico, é encimada por uma cruz de pedra liziada, com dois pináculos a ladeá-la. Na parede da sacristia, encostada à parede Norte e um pouco recuada em relação à frontaria ergue-se o campanário.
A igreja é de uma só nave, é separada da capela-mor por arco de pedraria, sustentado por colunas da ordem toscana.
Os retábulos do altar – mor e dos altares laterais, são em talha dourada do séc. XVIII.
O púlpito de laje quadrada, tem gradeamento de madeira torneada.
O coro alto é sustentado por colunas de pedra, com pias de água benta embebidas nos fustes.
No séc. XVI era construída a capela dedicada a Nossa Senhora da Guia onde, segundo os mais antigos, se guardavam vários ex-votos referentes aos milagres feitos pela padroeira por ocasião dos naufrágios, talvez nas costas pedregosas do Porto de Barcas.
Esta capela foi destruída para ser substituída pela nova igreja, inaugurada em 1977, e cuja autoria pertence ao arquitecto Lucínio Cruz, sendo igualmente consagrada a Nossa Senhora da Guia.
Percusos Pedestres (pdf):